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Vamos pensar a dor como um fato do corpo e o sofrimento como um fato da alma.
O parto dói (em medida diferente para cada mulher), mas não é necessário que seja um momento de sofrimento, de stress psico-emocional. A dor física do parto pode ser encarada e aliviada com diversos métodos não invasivos que dão bons resultados:
- banho e chuveiro
- compressas de diversos tipos
- cromoterapia
- estar feliz com aquela gestação e com a nova maternidade
- estar num lugar aconchegante, gostoso e tranqüilo
- mantras, rezas e meditação (não só da parturiente)
- não ter interferências negativas, apressadas, destoantes com o clima geral
- receber massagens
- sentir-se bem consigo mesma
- sentir-se segura, respeitada e efetivamente amparada por todos os presentes
Coloquei propositalmente esta lista em ordem alfabética porque cada caso é um caso. O importante é saber quantos elementos variados estão presentes na dor, que podem aliviá-la ou piorá-la. Situações mal resolvidas e/ou intervenções desnecessárias, falta de consideração e respeito produzem o mix nefasto da dor-tensão-medo.
Tendo medo, estamos tensas.
Estando tensas, enrijecemos o corpo.
Resultado: a dor a cada contração aumenta.
A dor do parto pode ter um papel psicossomático de expressão de outras dores – não físicas, pode estar denunciando sofrimentos ocultos, problemas e nós não resolvidos.
Ao ingressar no planeta maternidade, a mulher estará lidando com um mistura de sentimentos e temores, em graus diferentes. É importante que ela se conscientize de que é preciso trabalhar-se não só fisicamente.
Preparar-se para o parto não é só fazer exercícios físicos, porque o parto não é só um fato físico. É muito mais do que isso e exige uma mulher inteira para lidar com ele.
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