quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Retrospectiva 2012



2012 passou e se para nós jovens/adultos muitas vezes parece mais um ano, na vida de um bebê um ano é uma enormidade de tempo. Com a nossa Rosa não foi diferente. O bebê que começou 2012 no colo, engatinhando e balbuciando poucas e desconexas palavras já anda, dança, fala, escolhe o que quer comer, faz birra, acaricia e continua no encantando.


Crescimento

Neste ano a palavra chave foi crescimento, pois Rosa cresceu em tamanho e em interação com o mundo. Neste ano ela começou a falar mais claramente, ela ainda não mantém diálogos articulados, mas já pede o que quer, conversa com os brinquedos, reconhece pelo nome pessoas, objetos e personagens.

A fala veio acompanhada do caminhar, que se demorou um pouco para acontecer veio acompanhado de corridas, joelhos ralados e muita dança. Sem explicação (pois ñ vivemos num ambiente com muita música) ela dança por tudo, tv, toque de celular, palmas, batuques... o que emitir som e tiver um ritmo terá o acompanhamento do sambinha meio desengonçado de Rosa.

Se na dança ela encara tudo, em outros quesitos começa a se tornar seletiva. Comida é um deles. Alternando fases de comilança (picos de crescimento) e de jejum ela foi direcionando o que gosta e o que não gosta de comer, se por um lado conseguimos manter hábitos saudáveis (frutas, legumes, raízes, sucos) por outro precisamos ceder a iogurtes e salgadinhos (ainda assim buscamos opções menos prejudiciais).

Mãozinha com soro



Ainda neste ponto temos a primeira noite em claro devido com ela doente. Rosa é muito saudável, mas não escapou de uma noite na urgência. Devido a um desarranjo não identificado ela passou uma noite vomitando muito e tivemos que leva-la a urgência. Foi muito doído ver nossa menina, que sempre está alegre, molinha, assustada com o ambiente do hospital e muito mais com a agulha do soro. Mas deu tudo certo e na manhã do dia seguinte ela já estava bem de novo.

Outro ponto que causou e causa desconforto foi o fato dela ter que aprender a estar sem o papai e a mamãe pelo menos um turno por dia. Em julho eu comecei a trabalhar fora de casa (até então trabalha com freelas em casa) e com aulas de Joana (a greve das IFES nos ajudou em parte, pois ela pôde ficar em casa) ela precisou ficar em casa com minha mãe ou com a tia Mariana. No início foi bem tenso, agora as coisas já estão se encaixando melhor.

Carinho

Neste ponto o apego de Rosa ao pai (neste caso, eu) aumentou e estamos em uma relação de cumplicidade bem legal. Tem dias que ela acorda perguntando por mim, espontaneamente me abraça, beija, tem dias que só aceitar tomar banho se for comigo... são pequenas coisas que me deixam muito feliz.

Isso não quer dizer que ela se afastou ou desapegou da mãe, as duas continuam com uma relação linda e única. Já até conversam! As mamadas continuam cada vez mais vorazes e nos mais diversos lugares, da piscina ao cinema.


E seu círculo de amizades e carinhos aumentou com maior contato com os avós paternos que agora moram perto da gente e com a avó materna que lhe mostra a natureza (ainda que castigada pela seca) no interior. Os tios Leo e Mariana interagem mais com ela que já pergunta por eles e até confunde fotos de Joana mais jovem com a tia Mariana.

Além dos familiares tem os amiguinhos Enzo, Dandara e Fidel os quais ela às vezes associa a qualquer outra criança que vê em fotos ou na TV.

Medos e coragens

Com o desenvolvimento e maior autonomia, Rosa começa a mostrar seus medos e coragem em alguns momentos.

Dos medos, o que consegui identificar mais facilmente é o de sapo, se falar que tem um sapo perto ela fica desesperada, e barulhos fortes e rápidos, tipo uma moto em alta velocidade, quando ouve um barulho assim abraça a gente e fica repetindo: “medo, medo”.




Sua coragem se mostra quando o assunto é brincar! Corre no meio das crianças maiores, fica sozinha no pula-pula, mergulha na piscina independente de estar ou não no fundo, com boia ou com algum adulto.

Militância

Como filha de militantes Rosa já deu as caras em atividades políticas e nesse ano tivemos algumas bem interessantes como a marcha das vadias, a campanha eleitoral da frente de esquerda e na marcha pelo parto humanizado. Além de várias reuniões do PSOL.
Até estrelou um cartaz para a marcha das vadias!


Curiosa e pouco falante, ela nunca chorou ou demonstrou incômodo em nenhuma dessas atividades, foi um bom primeiro ano de militância pra nossa Rosinha.

Afastamentos e possível escolarização

Como falei anteriormente, no ano passado passamos por mudanças que a fez ficar mais tempo afastada dos pais, passando a ficar pelo menos um turno por dia sem a nossa presença e isso quase acarretou em sua escolarização precoce.

A possibilidade de Rosa ter que ir pra escola muito cedo me deixou bem assustado, primeiro por que um bebê não pode ter uma rotina rígida fora de casa (acorda, toma banho, se veste e sai de casa), além disso, me preocupei com a alimentação, pedagogia e o preço que é aviltante.
Sem a mamãe a coisa fica tensa!


Acabou que o acaso e uma “engenharia“ familiar fez com que meus pais se mudassem para perto da nossa casa e a tia Mari antecipou sua vinda para Aracaju, o que fez com que tivéssemos pessoas de confiança para cuidar dela na nossa ausência.

Mas tirei algumas lições disso, a mais importante é que não podemos baixar a guarda na preparação dos nossos filhos, por menores que sejam, para enfrentar o mundo, pois quando menos se espera esse dia chega. Além disso, não podemos jamais esquecer a luta por creches nos locais de trabalho e moradia.

E 2013??

O ano passado foi muito bacana, muito mesmo e este ano promete. A vida continuará corrida com Joana terminando o curso e eu finalmente entregando o TCC e me formando.

Já em 2013 estreando no Batistão




Neste ano ela completa dois anos (15 de abril) e com o pleno desenvolvimento da fala e mais habilidade no andar e correr vai trazer novos desafios para a nossas vidas, e que eles venham junto do sorriso fácil e dos cachinhos bagunçados de Rosa.

Às vezes a pilha acaba.

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